quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CRIANÇAS SUPERDOTADAS E REENCARNAÇÃO

Para entender porque algumas crianças trazem talentos precoces, só mesmo compreendendo a Lei Natural da Reencarnação. Sobre esse assunto, recorremos a um ensaio escrito por Gerson Simões Monteiro, publicado no site da Rádio Rio de Janeiro


A reencarnação foi percebida pelo homem desde suas mais antigas civilizações. No Ocidente, pode ser novidade a idéia da pluralidade das existências, mas no Oriente não. Uma prova está no texto encontrado pelo pesquisador da história do Egito, Picone-Chiodo, escrito cerca de 3000 anos a.C.: "Antes de nascer à criança viveu, e a morte não é o fim. A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce".

A reencarnação, segundo a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, é a volta do espírito a um novo corpo. Isto é, a alma que não se depurou em uma vida corpórea recebe a prova de uma nova existência, durante a qual dá mais um passo na senda do progresso. É por essa razão que passamos por muitas existências. Se somos seres imortais, tendentes à perfeição, apenas algumas dezenas de anos de uma vida física são insuficientes para a aquisição das experiências necessárias ao nosso aperfeiçoamento. Senão, ficaria sem sentido a afirmativa de Jesus: "Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celestial".

Não é somente na Terra que reencarnamos; podemos viver em mundos diferentes. As reencarnações que passamos aqui não são as primeiras nem as últimas; são, porém, as mais materiais e bastante distantes da perfeição. A alma pode viver muitas vezes no mesmo globo e só pode passar a reencarnar em mundos superiores quando haja alcançado condição suficiente para tal.

Como explicar, sem a reencarnação, o caso do pequeno Sho Yano, que aos 14 anos de idade já era formado em Medicina: com 9, ele entrou na Universidade de Loyola, em Chicago, Estados Unidos, onde se graduou como médico quatro anos depois.

Matthew Marcus, de doze anos de idade, residente em White Plains, subúrbio de Nova Iorque, tornou-se o mais jovem estudante do Le College norte-americano no século 20. Autodidata em Matemática, Química e Física, em dois anos completou os seis previstos para a High School.

Por conselho dos professores, os pais de Matthew decidiram matriculá-lo numa escola superior. Comportando-se normalmente como um menino de sua idade, diferenciava-se apenas quando penetrava na intimidade dos livros de Cálculos Avançados, Mecânica, Física, Química, etc.

Em virtude do crescente número de crianças com grau de inteligência superior à média comum, tem-se desenvolvido muito a pesquisa em torno das prováveis origens desse fenômeno. Sobre o assunto, existem duas teses mediante as quais a ciência acadêmica tem procurado explicar a existência de superdotados.

A primeira delas é a da hereditariedade genética, isto é: pais superinteligentes gerariam filhos superinteligentes. A segunda tese atribui o fenômeno ao que chama de hipoxemia cerebral: crianças nascidas de partos difíceis teriam, em decorrência disso, as células cerebrais estimuladas, e disso decorreria um quociente de inteligência superior.

Ambas têm cunho materialista e nenhuma vai a fundo na questão. Nenhuma tem a coragem de examinar o problema à luz de uma filosofia que considere o homem como algo transcendente à matéria. Só a teoria reencarnacionista pode abrir à Ciência caminhos mais seguros para uma investigação eficiente acerca desse e de outros fenômenos da mesma natureza. Em sua milenar sabedoria, Sócrates afirmava que "aprender é recordar".

Léon Denis, abonando a tese espírita de que a inteligência é atributo do espírito e não da matéria, lembra gênios que foram pais de néscios, como Marco Aurélio que gerou Cômodo. Todos nós conhecemos filhos de excepcional inteligência tendo por pais pessoas absolutamente comuns, e vice-versa. E nem todos os casos decorrem de partos difíceis.

FONTE: Gerson Simões Monteiro
Presidente da Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso.
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